Testes de agrotóxicos em animais

A HSI está trabalhando para alterar as regulamentações de testes de agrotóxicos no Brasil e no mundo

Humane Society International


  • A HSI contribui para pôr fim a vários testes de agrotóxicos na Europa e nos Estados Unidos, incluindo um teste de envenenamento de 12 meses de cães. Shutterstock

  • Teste cutâneo de “dose letal” (LD50), desaparecendo na Europa graças à HSI. Photobucket

  • Estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento consomem entre 1.300 e 2.600 mães e bebês ratos por substância testada. Photobucket

Agrotóxicos, como herbicidas, repelentes de insetos e produtos de limpeza que pretendem “matar germes”, estão entre os produtos mais testados em animais que existem. As regulamentações governamentais podem exigir dezenas de testes diferentes envolvendo o envenenamento de animais para avaliar a segurança de um único novo agrotóxico.

Alguns testes usam milhares de animais de cada vez, enquanto outros se repetem duas ou até três vezes utilizando diferentes espécies de animais ou vias de administração (por exemplo: alimentação forçada por via oral, inalação forçada e aplicação na pele). Isso significa terrível sofrimento e morte para milhares de coelhos, roedores, aves, peixes, e até mesmo cães, a cada novo agrotóxico introduzido no mercado.

Peritos da HSI estão trabalhando no Brasil e ao redor do mundo em cooperação com empresas e autoridades governamentais para substituir testes obsoletos de agrotóxicos por “melhores práticas” modernas ‒ ensaios que substituem ou reduzem a utilização de animais, mas continuam a proteger a saúde humana e o meio ambiente dos riscos tóxicos ‒ e estamos fazendo progressos sem precedentes.

Promovendo mudanças

Uma intensa campanha liderada pela HSI levou a União Europeia a fazer mais de 80 alterações nos regulamentos de testes de agrotóxicos. Juntas, essas alterações têm o potencial de reduzir pela metade o número de animais utilizados para testar uma nova substância ativa biocida em comparação aos requisitos anteriores. Estamos trabalhando para alcançar progressos semelhantes em outros países-chave, incluindo os Estados Unidos, Canadá, Japão, Índia e Brasil.

Trabalhando com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária para atualizar as regulamentações brasileiras

No Brasil, o maior mercado de agrotóxicos do mundo, a HSI está trabalhando para atualizar as regulamentações de agrotóxicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que são antigas e datam de 25 anos atrás, a fim de abolir os obsoletos testes em animais e abraçar modernos métodos alternativos. Em abril de 2014, o primeiro Workshop Internacional de Métodos Alternativos para a Avaliação de Segurança de Agrotóxicos patrocinado pela HSI aconteceu em Brasília. O workshop contou com representantes da HSI, ANVISA, BraCVAM e cientistas especializados em toxicologia regulamentar. A HSI está defendendo uma redução dos requisitos de testes em animais e uma aceitação mais ampla de métodos avançados, que diminuem o uso de animais e são capazes de prever com maior eficácia os efeitos tóxicos das substâncias para as pessoas e o meio ambiente.

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